24/09/2009

INQUISIÇÃO EM PORTUGAL: UM ECO COM RETORNO

UM ECO TENEBROSO! - A vítima está nua… Mandando-se-lhe que dissesse a verdade, respondeu:
- Conhecem-me muito mal; desde o primeiro dia que eu disse a verdade e nada mais tenho que dizer! Tapem-me os olhos para que eu não me veja, estando nua!...
Ataram-lhe os braços un ao outro, com uma corda. E ela disse:
- Mesmo que aqui me tirem a vida, morrerei como cristã!... Redentor do Mundo, Jesus, adorado será Tu na cruz eu adoro-Te!...
De novo admoestada para que diaga a verdade, responde:
- Já está dita.
É mandada deitar na mesa do tormento. E depois de deitada, disse:
- Ai, senhores! Porque acreditais em mentirosos?... Senhor! Eu Te confesso e adoro e dai-me forças na tribulação.
Começam a ligá-la ao tormento e adoestam-na a que diga a verdade.
- Como eu Te creio Senhor, assim me ajudes – disse ela.
Perguntar-se-lhe se quer que lhe sejam lidas as perguntas do processo, a fim de avivar a memória.
Respondeu que as tem bem estudadas, que não quer que lhas leiam, e que, como Deus sabe que são falsidades, a livre, e que fizessem o que quisessem.
Foram-lhe lidas as perguntas. Respondeu que já tinha respondido a cada uma e dito a verdade.
São-lhe mandadas apertar as cordas dos braços. Quando se lhe começa a apertar o cordel do braço direito, diz:
- Que quereis que eu diga? Quereis que eu diga falsidades?
Disseram-lhe que não dissesse senão a verdade!
- Não pequei, Senhor meu, Tu bem o sabes! Estou inocente! Já disse a verdade!... Parece que me quereis matar!
Foram-lhe apertando as cordas do braço esquerdo.
No meio de gritos de dor, disse:
- Não mateis as gentes, deixai-as viver!... Olha que me afogo… tenho os braços sobre o estômago! – e deu um grande grito.
É admoestada que diga a verdade, se não quer continuar sujeita a tamanho sofrimento. Responde que já a disse!
- Pois não me confessaria?! A Ti, meu Deus, me confesso! – gemeu a mártir.
Foram-lhe mandados apertar os cordéis das pernas; e sendo admoestada para que dissesse a verdade, disse que já a tinha dito. E, aos gritos, acrescentou:
- Porque acreditais em mentirosos?
Dão os inquisidores ordem para que lhe seja atada a cabeça com uma corda à mesa do tormento e lhe seja despejado um jarro de água sobre a cara, boca e nariz.
Tendo-se-lhe dito que dissesse a verdade, perguntou:
- Qual é mais para recear, o fogo do Inferno ou a água?
Começou-se a deitar a água até despejar o primeiro jarro. Quando pôde falar, disse:
- Matam-me sem culpa!
Foi mandado despejar outro jarro, e admoestam-na para que diga a verdade. Responde: - que já disse a verdade.
Continuou a despejar-se água; e quando se parou por um pouco, disse:
- Oh cruel verdugo! – e não disse mais nada.
Acabou de se despejar o jarro, e, intimada a dizer a verdade, disse: que assim Deus a livre, como tem dito apenas a verdade!
Por ser tarde, os senhores inquisidores mandaram suspender o tormento, com protesto de continuar depois, se a vítima persistisse em… não dizer a verdade!
Qualquer crente na Bíblia, pode perceber que esta senhora que é torturada, não o é por crer nas Sagradas Escrituras. Outro motivo será…cruel é ferir, aviltar e matar os que são da sua própria fé.
Pôde isto acontecer em Portugal? Sim!
Pode isto voltar acontecer em Portugal? Sim!
Pode isto acontecer no Brasil? Sim!
Ao acontecer, não será aos da própria crença mas àqueles descritos em Apocalipse 14:12: “Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.”
Será que a tua relação com Jesus hoje te dará forças para viver se necessário, tal experiência, sem negar o Senhor?