Escreveu um livro: A Verdade sobre Maria
O autor postou o livro em um blog e dá liberdade de
divulgação deste material. Lemos e achamos interessantes e postaremos o livro
neste espaço. O nosso compromisso é não alterar o sentido nem fazer revisão do
texto, assim, o nosso foco é apresentar aos que se questionam quem foi Maria? Dar
uma resposta no contexto bíblico. Desfrutem!
A santa e humilde Maria nunca desejou tomar o lugar do
Salvador, do Filho de Deus. A sua posição foi de serva ciente de sua missão, a
missão de trazer à luz a Luz do mundo, o Pão da vida, o Verbo de Deus. Até nas
suas palavras a mãe de Jesus foi discreta. O registo mais extenso das palavras
por ela pronunciadas está em Lucas 1.46-55, sob o título "O cântico de Maria."
Nessa oração, como já vimos atrás, Maria se mostra muito feliz e agradecida a
Deus por haver sido agraciada com tão nobre missão: "Pois olhou para a
humildade da sua serva.
Desde agora todas as gerações me chamarão
bem-aventurada". Nos versículos 46 e 47,
Maria se declara necessitada de salvação: "A minha alma
engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador".
Não se encontra nas Escrituras qualquer tipo de adoração a
Maria, ou qualquer ensino nesse sentido. Muitas pessoas interpretam mal o
título "Bem-aventurada". Uma pessoa bem-aventurada quer dizer uma
pessoa feliz, ditosa e bendita. É o estado "daqueles que, por seu relacionamento
com Cristo e com a sua Palavra, receberam de Deus o amor, o cuidado, a salvação
e sua presença diária. O arcanjo Gabriel disse: "Bendita és tu ENTRE as
mulheres", e não bendita ACIMA das mulheres. A mesma declaração foi feita
por Isabel a Maria acrescentando: "... e bendito o fruto do teu
ventre" (Lucas 1.42). E a própria Maria afirmou que "desde agora
todas as gerações me chamarão bem-aventurada" (Lucas 1.48b).
Jesus, no "Sermão da Montanha", chamou de
"BEM- AVENTURADOS" os pobres de espírito, os que choram, os mansos,
os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os
pacificadores, os que sofrem perseguição por causa da justiça e os perseguidos
por causa dele (Mateus 5.3-11). E bem-aventurada é Maria em razão da missão a ela
confiada. Então, os salvos somos bem-aventurados, isto é, somos felizes porque agraciados
com bênçãos de Deus. Não há a menor possibilidade de, após a nossa morte – a morte
dos bem-aventurados - chegarmos à condição elevada de Senhor ou Senhora, Pai ou
Mãe de todos. Vejamos o que diz a Bíblia:
"Ouve, ó Israel: o Senhor nosso Deus é o único
Senhor"; "Amarás o Senhor teu Seus de todo o teu coração, de toda a
tua alma, e de toda a tua força. Estas palavras que hoje te ordeno estarão no
teu coração." (Deuteronómio 6.4-5-6). Este mandamento foi confirmado por
Jesus, quando afirmou que não existia outro mandamento maior do que este
(Marcos 12.30-31), porque quem ama cumpre a Lei Moral. Ora, um coração
completamente cheio do amor a Deus não possui espaço para adorar outros deuses,
seja "senhor" ou "senhora", ou qualquer pessoa falecida.
Ademais, fazer pedidos aos mortos e acreditar que eles sejam mensageiros de
Deus, faz parte da doutrina espírita.
"Eu e a minha casa serviremos ao Senhor... nunca nos
aconteça que deixemos ao Senhor para servirmos a outros deuses" (Josué
24.14-16). Devemos confiar no Senhor e somente a Ele dirigir as nossas
súplicas. Em nenhuma parte da Bíblia a santa Maria é elevada à posição de Senhora,
Padroeira, Protetora ou Co-Redentora. Nenhum homem ou mulher pode, depois da morte
física, receber tal sublimação. Quem morreu em nosso lugar foi Jesus, e Ele não
divide a sua obra redentora com mais ninguém:
"E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do
céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que
sejamos salvos" (Atos 4.12). "Eu sou o Senhor; este é o meu nome! A
minha glória a outrem não a darei, nem o meu louvor às imagens de
escultura" (Isaías42.8).
Mas, pela palavra da Tradição, Maria cooperou na obra do
Salvador e hoje, no céu, é instrumento de salvação: "Mas o seu papel em
relação à Igreja e a toda a humanidade vai mais longe. De modo inteiramente
singular, pela obediência, fé, esperança e ardente caridade, ela cooperou na
obra do Salvador para restauração da vida sobrenatural das
almas" (C.I.C. p. 273, # 968). "Assunta aos céus,
não abandonou este múnus salvífico, mas, por sua múltipla intercessão, continua
a alcançar-nos os dons da salvação eterna" (C.I.C. p. 274, # 969).
Entenda-se como "múnus salvífico" a função de
salvar, de Co-Redentora.
"Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o
povo que ele escolheu para sua herança" (Salmos 33.12). Daí porque não foi
feliz a ideia de, por decreto, eleger Maria à posição de "Padroeira do
Brasil", isto é, defensora e protetora de nosso País. Mais coerente com a
nossa fé cristã, seria declararmos o que está na Bíblia, ou seja, que Deus é o
nosso Senhor, Salvador, Protetor e Pai:
"Adorarás ao Senhor teu Deus, e só a ele servirás"
(Lucas 4.8).
Vamos repetir. Jesus, respondendo a Satanás, citou o
versículo 13 de Deuteronómio 6. Jesus foi categórico, direto, claro, objetivo.
Ele disse que a nossa adoração deve ser dirigida exclusivamente a Deus, e só a
Ele devemos servir, servir com o nosso louvor, com o nosso exemplo, com a nossa
fé, com nossas orações, nossas lágrimas, nossos jejuns, e obediência à Sua
Palavra. Se as nossas lágrimas, súplicas e louvores forem dirigidos à santa
Maria, logo estaremos em oposição à palavra do Senhor Jesus. Oposição significa
desobediência; desobediência significa rebeldia; rebeldia significa pecado, e
“o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por
Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6.23).
"Há um só Deus e pai de todos, o qual é sobre todos, e
por todos e em todos" (Hebreus 4.6).
Se até aqui o leitor ainda estava em dúvida, creio que este
versículo colocou as coisas no devido lugar. Como já disse, a Bíblia não fala
na existência de uma "Senhora" ou de um outro "Senhor". O
Deus da Bíblia é o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó; o Deus que tirou seu povo
da escravidão do Egito; que abriu o Mar Vermelho e o seu povo fez passar; que
lhe entregou a Terra da promessa; que não está de braços cruzados, impassível,
assistindo à rebeldia da humanidade. Ele é por todos.
Como vimos, a eleição da humilde serva Maria, mãe de Jesus,
à posição de Senhora ou de Padroeira não encontra respaldo nas Escrituras. A
nossa adoração não pode ficar dividida entre o Senhor Deus e a Senhora Maria.
Não se pode "coxear entre dois pensamentos", seguir dois caminhos,
ter dois senhores. Devemos aprender com Maria e declararmos que a "nossa
alma exalta e engrandece ao Senhor, e que o nosso espírito se alegra porque
estamos em comunhão com Jesus nosso Salvador".
A Tradição fica longe da Bíblia quando diz que em Maria há
salvação. Vimos que em nenhum outro nome há salvação. (Atos 4.12). E mais:
"Eu, eu Sou o Senhor, e fora de mim não há salvação” (Isaías 43.11).
Leiam:
"Eu sou o
caminho e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João
14.6).
"Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o povo dos seus pecados"
(Mateus 1.21).
"...E sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do
mundo" (João 4.42). Tradição
insiste em afirmar:
"...Maria, por um vínculo indissolúvel está unida à
obra salvífica de seu Filho: em Maria a Igreja admira e exalta o mais excelente
fruto de redenção..." (C.I.C. p. 300, # 1172).
Fonte http://averdadesobremaria.blogspot.pt/search/label/PADROEIRA%20E%20CO-REDENTORA