13/10/2013

O que a Igreja Católica diz sobre a Lei e o Sábado?


Introdução:

Faremos na introdução uma síntese de algumas das principais questões que serão feitas aos católicos. Vejamos agora resumidamente como as autoridades católicas respondem a essas questões:
—> Existe diferença entre a Lei Moral e a Lei Cerimonial?
 Sim, ensinamos a divisão em Moral, Cerimonial e Judicial.
—> A Lei de Deus, os Dez Mandamentos, estão vigentes para o cristão?
 Sim, pois são eternos.
 —> Há razões para santificarmos o sábado?
 Sim, há vários motivos.
  —> Que poder arroga autoridade para mudar a Lei de Deus?
 O papado.
   —> Que mandamento da Lei de Deus o papado cuidou em mudar?
 Especificamente o quarto mandamento.
  —> A Igreja Católica reconhece haver mudado o sábado?
 Sim, reconhecemos.
—> As autoridades católicas reconhecem não haver fundamento bíblico para a santificação do domingo?
 Sim, reconhecemos não haver base bíblica.
—> O papado roga o domingo como marca ou sinal de sua autoridade eclesiástica e instituição exclusivamente católica?
 Sim, a instituição dominical deveria ser de exclusividade católica.
—> O que dizem os católicos quanto à observância do domingo pelos protestantes?
 Se os protestantes seguissem a Bíblia, deveriam se tornar adventistas do sétimo dia. Ao santificarem o domingo, estão reconhecendo nossa soberania e autoridade eclesiástica sobre a cristandade.

Não sou eu quem diz isso, o que está escrito a preto é uma síntese do que é declarado explicitamente em documentos oficiais da Igreja Católica, os quais veremos a seguir em pormenor.

QUESTÕES AOS CATÓLICOS

1) O que é a Lei de Deus? O que são os Dez Mandamentos?
O Pe. Fernando Bastos de Ávila, SJ, é quem fica responsável por esta resposta. Vejamos o que diz:
“DECÁLOGO. Do grego ‘deka’ dez ‘logos’ razão, sentença. É o conjunto dos Dez Mandamentos da Lei de Deus que, segundo a tradição bíblica, foram comunicados por Jeová a Moisés, no Monte Sinai, esculpidos em pedra, que os israelitas conservaram na Arca da Aliança. Ele é a explicitação mais essencial à lei natural. (…) o Decálogo é a síntese mais perfeita de toda a experiência moral e religiosa da humanidade. É o código mais simples e mais fundamental sobre o qual, em última análise, repousam todas as legislações que regulam o comportamento humano.” — Em “Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo”, p. 170.

Muitas pessoas pensam que o Decálogo foi dado apenas ao povo de Israel, lá no Monte Sinai, e que não serve mais para o povo de Deus, na atualidade. O que podemos pensar disso? Quem vai responder isso é o famoso “Dicionário Enciclopédico da Bíblia”, organizado pelo Dr. A. Van Den Born, e publicado pela “Editora Vozes Ltda”. (católica). Ele diz:

“O dom da lei de Deus, porém, e particularmente o do decálogo não era destinado apenas para o Israel segundo a carne, mas também para o ‘novo Israel’, que é a Igreja de Cristo. Por isso o decálogo é várias vezes citado no Novo Testamento por Jesus e pelos apóstolos.” — Coluna 363.

Outra vez, a contribuição do Pe. Júlio Maria, no mesmo livro:
“Deus escreveu os mandamentos em duas pedras como no-lo indica a Bíblia. (…) Na primeira pedra estavam escritos os mandamentos que indicam os nossos deveres para com Deus… e na segunda, estavam escritos os nossos deveres para com os homens. (…) Os mandamentos da lei de Deus encontram-se no Êxodo e no Deuteronómio (5:6-21).” — Op. cit., p. 86 e 95.

Muito esclarecedor este texto acima!
—> Deus escreveu em tábuas de pedra, os Dez Mandamentos;
—> A primeira tábua tem os deveres do homem para com Deus; isto é, o “amar a Deus sobre todas as coisas”;
—> A segunda tábua tem os deveres do homem para com o homem; isto é, “amar o próximo como a si mesmo”;
—> Os Dez Mandamentos se encontram, nas Sagradas Escrituras, nos livros de Êxodo (capítulo 20) e de Deuteronómio (capítulo 5).

Conforme foi visto acima, esses teólogos e autoridades da Igreja Católica têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima.

2) Existe diferença entre a Lei Moral e a Lei Cerimonial?
Às vezes, encontramos, nas Escrituras Sagradas, algumas afirmações que parecem se contradizer. Uma hora ela fala que a lei é eterna e não pode ser abolida; outra hora, que a lei passou. A que se deve essa aparente confusão? Vamos atentar para o que escreveu o Pe. Júlio Maria, esclarecendo o problema:

“Os preceitos do Antigo Testamento dividem-se em três géneros:
“1o. Os preceitos morais, que prescrevem aos homens os seus deveres para com Deus e para com o próximo.
“2o. Os preceitos cerimoniais, que indicam os ritos exteriores e as cerimónias que os judeus deviam seguir no culto divino.
“3o. Os preceitos judiciais, que determinam o modo de administrar a justiça ao povo.
“Destes três géneros de preceitos, só o primeiro fica em pé, integralmente; os outros preceitos só têm o valor que lhes comunica a palavra de Jesus Cristo.
“A lei antiga, na sua parte cerimonial, era apenas uma figura da nova lei, e é por isto que cessou, desde que foi promulgada a lei nova.” — Em “Ataques Protestantes”, p. 96–97.

De tudo que está registado, fica mais do que claro que esses documentos confessionais cristãos históricos, além de mestres de outras confissões, admitem que existam pelo menos duas leis, dentre outras, das quais fala a Escritura Sagrada:
—> Lei Moral — sumariada nos Dez Mandamentos, e
—> Lei Cerimonial — representada pelos sacrifícios e ordenanças rituais para Israel.
 Os preceitos morais permanecem; os cerimoniais, eram uma figura, “sombra dos bens futuros”, e foram substituídos pela Realidade: Cristo; e os judiciais, só existiram enquanto havia a nação de Israel como uma teocracia (governada por Deus)! E os dez mandamentos morais tratam do amor a deus e do amor ao próximo.

3) A Lei de Deus, os Dez Mandamentos, estão vigentes para o cristão?
Quem responde a esta pergunta é o Frei Leopoldo Pires Martins, OFM, no “Catecismo Romano”, onde lemos:

“Dentre as razões que movem o coração do homem a cumprir os preceitos do Decálogo, sobressai, como o mais eficiente, o fato de ser Deus o autor dessa mesma lei. (…) Estava essa luz divina quase ofuscada por maus costumes e vícios inveterados entre os homens. Todavia, pela promulgação da Lei de Moisés, Deus não trouxe uma luz nova, mas deu antes maior fulgor à primitiva. É preciso explicar assim, para que o povo não se julgue livre do Decálogo, quando ouve dizer que a Lei de Moisés está abrogada.
“Ainda mais. É absolutamente certo que não devemos cumprir esses preceitos, por ser Moisés que os promulgou, mas por serem inatos em todos os corações, e por terem sido explicados e confirmados por Cristo Nosso Senhor.” — P. 399–400.

Aí está! Não só a “Santa Madre Igreja” crê que o Decálogo está em vigor, mas incentiva a todos os fiéis para obedecê-los.

Também o já citado Padre Júlio Maria adiciona mais alguma coisa ao que foi lido.
“Os mandamentos, com o ensino moral, são eternos porque são a expressão da lei natural; e por isso Jesus Cristo não pode suprimi-los.” — Op. cit., p. 98.

Também podemos encontrar a resposta a esta questão no “Primeiro Catecismo da Doutrina Cristã”, que diz o seguinte:
“Sim. Somos obrigados a observar os mandamentos da lei de Deus, pois devemos respeitar a ordem que o Pai Celeste quis dar ao mundo. Basta pecar gravemente contra um só deles para merecermos o inferno.” — P. 33–34

Depois de mostrarmos o pensamento no próprio catecismo católico, precisaríamos citar mais alguma fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os cristãos, segundo o ensinamento oficial da Igreja Católica?

4) Há razões para santificarmos o sábado?
Outra vez, convidamos o Frei Leopoldo Pires Martins, OFM, para responder:
“Este Preceito do Decálogo regula o culto externo, que devemos a Deus. (…) Ora, como esse dever não pode ser facilmente cumprido, enquanto nos deixamos absorver por negócios e interesses humanos, foi marcado um tempo fixo, para que se possam comodamente satisfazer as obrigações do culto externo. (…)
“O quanto aproveita aos fiéis respeitar este Preceito, transparece do fato de que sua exata observância induz, mais facilmente, os fiéis a guardarem os outros Preceitos do Decálogo.” — Em “Catecismo Romano”, p. 434–435.

O Frei Leopoldo responde, com muita propriedade, que o mandamento do sábado rege o culto, e que os fiéis tornam-se mais fiéis a Deus, quando praticam esse mandamento específico.

“O sábado era um dia sagrado, que seria profanado pelo trabalho (Eze. 22:18). Conforme Êxodo 20:8-11 e 31:17 (mais um passo adiante) a santidade do sábado era 
uma santidade objetiva, devido à bênção de Deus, que no 7º dia ‘descansou’ da Sua obra, a criação, pensamento esse que foi largamente elaborado em Gén. 1:1-2:4a”. — Em “Dicionário Enciclopédico da Bíblia”, coluna 1340.

Outra contribuição bastante proveitosa de John Mckenzie:
“O sábado é profanado pelo exercício do comércio, e Neemias fechava os portões de Jerusalém no sábado para impedir o comércio (Nee. 13:15-22). Carregar cargas viola o sábado (Jer. 17:21–27…) .” — Em “Dicionário Bíblico”, p. 810.

Indiscutivelmente, todas essas autoridades e documentos religiosos católicos não concordam com a visão
herética semi-antinomista/dispensacionalista que nega a validade e vigência do Decálogo como norma cristã, e prega o fim total do quarto mandamento, como sendo “cerimonial”. Mesmo que o sábado seja interpretado por esses documentos e autores como referindo-se ao primeiro dia, o “sábado cristão” como é chamado, o que importa é que admitem oficialmente a validade e vigência do mandamento e as origens endémicas do princípio sabático.

A questão sobre ter o domingo tomado o lugar do sétimo dia já é outra.

5) Jesus guardou o mandamento do sábado?
Existem católicos leigos, mesmo sinceros, que acreditam que Jesus não guardou os Dez Mandamentos e que ele combateu o sábado. O que diz a Bíblia? Até onde vai o conhecimento deles? Caso Jesus tivesse profanado o sábado, ou qualquer outra lei, Ele não poderia ser “um cordeiro sem defeito nem mancha” (1Pe.1:19), nem poderia ser o Messias que tem a função de “engrandecer a lei e torná-la gloriosa” (Is.42.21). Então, quem afirma que Cristo violou o sábado, está negando que Ele era o Messias, tornando-O um mero pecador e mentiroso, pois Ele mesmo disse ter observado os mandamentos (Jo.15:10). E o que dizem os líderes católicos sobre esse assunto?

Novamente do conhecido “Dicionário Bíblico”, de John L. Mckenzie, publicado pelas “Edições Paulinas” (católica), extraímos a seguinte nota:
“O próprio Jesus guardava o sábado de modo razoável e ocasionalmente ensinava nas sinagogas no sábado (Mar. 6:2; Luc. 4:16,31).” — P. 810.

Esta tem sido uma ideia que se espalhou por todo o mundo. Inclusive, líderes religiosos têm-se levantado, dos púlpitos de suas igrejas, escrito livros, folhetos e panfletos, afirmando, categoricamente, que o Nosso Senhor Jesus Cristo transgrediu o mandamento do sábado. Até onde isso é verdade? Vejamos o que diz o “Catecismo da Igreja Católica”:
“O Evangelho relata numerosos incidentes em que Jesus é acusado de violar a lei do sábado. Mas Jesus nunca profana a santidade desse dia. (Cf. Mar. 1:21; João 9:16). Dá-nos com autoridade a sua autêntica interpretação”. — P. 495.

Do que vimos, mesmo sendo acusado, pelos ESCRIBAS e FARISEUS da Sua época, e por alguns RELIGIOSOS modernos, o Catecismo assegura que “JESUS NUNCA PROFANA A SANTIDADE DESSE DIA”!

6) Contra o que Jesus Se levantou com relação ao sábado?
Antes de tudo, é necessário haver um prévio esclarecimento do que aconteceu com o mandamento da lei de Deus. Daí, vamos poder compreender quais as atitudes de Cristo relativo ao sábado.

Do “Dicionário de Teologia”, editado por Heinrich Fries, publicado pelas “Edições Loyola” (católica), nós encontramos isto:
“Os escritos apócrifos e sobretudo os rabínicos apresentam uma interpretação exageradamente severa do descanso do sábado, perdendo-se um uma casuística sutilíssima e transformando o ‘sábado maravilhoso’ (Isa. 58:13) num peso insuportável. (…) Jesus opôs energicamente às interpretações extremamente escrupulosas dos escribas e fariseus, e mais de uma vez provocou propositalmente discussões sobre este ponto (Mat. 12:10-14; Luc. 13:10-17; 14:1-6; João 5:8-18). (…) Jesus considerava o mandamento do sábado com grande liberdade interior, e recusava resolutamente aquela rigorosa observância que escribas e fariseus exigiam.” — Vol. 3, p. 134 e 115.

Ainda mais uma contribuição de John L. Mckenzie, no seu “Dicionário Bíblico”, nos reforça a compreensão desse assunto, quando registra:
“Sem rejeitar a observância do sábado no seu conjunto, Jesus salienta que as práticas rabínicas eram meras interpretações humanas do preceito, que é basicamente para o bem humano.” — P. 811.

Então, podemos afirmar com toda convicção: Jesus não Se levantou contra os Mandamentos, nem contra o sábado. O que Jesus fez foi não Se ajustar às formas e aos acréscimos que os escribas e fariseus fizeram à Lei de Deus. Jesus guardava o sábado conforme a ESSÊNCIA do quarto mandamento, e não à moda farisaica cheia de tradições! O que fica mais do que claro que Jesus queria confrontar os escribas e fariseus na MANEIRA deles verem o mandamento do sábado, e não no próprio mandamento em si, para reformar a observância sabática ao verdadeiro sentido do mandamento.

7) Que poder arroga autoridade para mudar a Lei de Deus?
 “O Papa tem poder para mudar os tempos, ab-rogar leis e dispensar todas as coisas, mesmo os preceitos de Cristo.” — Extraído de “Decretal de Translat, Episcop.”, cap. 6.

Declara a “Civilitá Cattolica”, de 18 de março de 1871:
“O Papa é o supremo juiz da lei na Terra. É o representante de Cristo.” — Mencionado em “Vatican Council”, por Leonard Wooslay Bacon, ed. da “American Tract Society”, p. 220.

“O Papa é de tão grande autoridade e poder que pode modificar, explicar ou interpretar mesmo as leis divinas… O Papa pode modificar as leis divinas visto seu poder não provir dos homens mas de Deus, e age como vigário do Filho de Deus na Terra, com o mais amplo poder de ligar e desligar o rebanho.” — Extraído de “Prompta Bilbiotheca”, publicado em Roma, em 1900.

O Papa Nicolau em seu discurso de nº 96 declara:
“A vontade do Papa representa a razão. Ele pode dispensar a lei, e fazer do errado, direito, por meio de correções e mudanças das leis.”

O mesmo papa declara o seguinte em seu discurso de nº 40:
“O Papa está livre de todas as leis, de maneira que não pode incorrer em nenhuma sentença de irregularidade, suspensão, excomunhão ou penalidade por qualquer crime.”

8) Que mandamento da Lei de Deus o papado cuidou em mudar?
Os católicos acham que eles mesmos são os que devem escolher o dia para o descanso e culto, reinterpretando o mandamento do sábado e aplicando-o ao domingo, chamando-o de “dia do Senhor” ou, mais recentemente, de “sábado cristão”. O fato é que esta questão está obedecendo à conveniência das pessoas e não o que diz o claro “assim diz o SENHOR”. Será que deve ser assim mesmo? Biblicamente, “o sétimo dia é o sábado do SENHOR” (Ex.20:10).

Mas qual é a posição oficial católica? Vemos claramente a vigência do princípio sabático, mas infelizmente está sendo aplicado ao primeiro dia.

O Dr. N. Summerbell, autor presbiteriano, faz esta declaração em sua obra “History of the Christians”:
“Ela (a Igreja Católica Romana) subverteu o quarto mandamento, dispensando o sábado da palavra de Deus e substituindo-o pelo domingo, como dia santificado.” — P. 418.

“A igreja (Católica) após trocar o dia de descanso do Sábado dos judeus, ou o sétimo dia da semana, para o primeiro dia, fez o terceiro mandamento e se refere ao domingo que seja mantido sagrado como o Dia do Senhor.” — Extraído de “Enciclopédia Católica”, vol. 4, p. 153.

O prof. Blanchard, um orador da “Liga do Sábado”, cujo fim é promover a observância do domingo, declarou o seguinte numa convenção realizada dia 8 de novembro de 1887 no estado de Illinois:
“Nesta obra que empreendemos a favor do Domingo, nós somos os substitutos de Deus.” — Em “The Two Republics”, por Alonzo T. Jones, p. 748–749.

Archdeacon F. W. Farrar, escrevendo sobre a maneira pela qual a observância do sábado foi substituída pela do domingo, afirma:
“A Igreja (Católica) não operou transferência formal de um dia para o outro, mas sim gradual e quase inconscientemente.” — Em “The Voice from Sinai”, p. 167.

9) A Igreja Católica reconhece haver mudado o sábado?
Eusébio de Cesaréia, célebre bispo da Igreja Católica, considerado o pai da história eclesiástica, participante do Concílio de Nicéia, bajulador e biógrafo de Constantino, confessa:

“Todas as coisas, sejam quais forem, que era dever fazer no sábado, estas nós as transferimos para o dia do Senhor (domingo)” — Em “De Vita Constantini”, Antuérpia 1696, liv. 3, cap. 33, p. 413. Uma versão mais recente é: “Eusebiu’s Ecclesiastical History”. Citado por Robert Cox em “The Literature of the Sabbath Question”, vol. 1, p. 361. Ver também “Commentary on the Psalms”.

“Não o Criador do Universo, em Gênesis 2:1 a 3; mas a Igreja Católica pode reivindicar para si a honra de haver outorgado ao homem um repouso a cada sete dias.” — S.D. Mosna, “Storia della Domenica”, 1969, p. 366 e 367.

“Deus simplesmente concedeu à Sua Igreja (Católica) poder para dispor qualquer dia ou dias que achar apropriado(s) como dia(s) sagrado(s). A Igreja escolheu o domingo, primeiro dia da semana e, no decurso dos anos, adicionou outros como dias sagrados.” — Vicent J. Kelly, “Forbidden Sunday and Feast-Day Occupations”, p. 2.

“A Igreja Católica, por sua própria infalível autoridade, criou o domingo como dia santificado para substituir o sábado, da velha lei.” — Extraído de “Kansas City Catholic”, de 9 de fevereiro de 1893.

O bispo Jeremias Taylor, em seu “Ductor Dubitantium” (A Regra da Consciência), escreve:
“O dia do Senhor (domingo) não foi colocado em lugar do sábado… O dia do Senhor (domingo) era uma instituição meramente eclesiástica. Ele não foi introduzido em virtude do quarto mandamento, pois os cristãos guardaram por mais de trezentos anos o dia que estava neste mandamento.” — Liv. 2, (ed. de 1850), cap. 2, parte 1, reg. 6, vol. 9, p. 458, par. 51.

Novamente o Pe. Júlio Maria:
“Em parte nenhuma figura o domingo como dia do Senhor… Nós, católicos romanos, guardamos o domingo, em lembrança da ressurreição de Cristo, e por ordem do chefe de nossa igreja, que preceituou tal ordem de o Sábado ser do Antigo Testamento, e não obrigar mais no Novo Testamento.” — Op. cit., p. 81.

Em 1562, o arcebispo de Reggio da Calábria fazia na XVII seção do Concílio de Trento esta declaração:
“O sábado, o mais famoso dia na lei foi transferido para o dia do Senhor (domingo). (…) Estas e outras coisas semelhantes não cessaram em virtude da pregação de Cristo (pois diz que não veio a derrogar a lei e sim a cumprir), mas foram mudadas por autoridade da Igreja.” — Heinrich Julius Holtzmann, “Kanon und Tradition” (Canon e Tradição), p. 263.

Na obra que recebeu em 25 de janeiro de 1910 a “bênção apostólica” do Papa Pio X, o Rev. Peter Geiermann, C.SS.R, sobre a mudança do sábado, responde:
“Pergunta: ‘Qual é o dia de repouso?’
 “Resposta: ‘O dia de repouso é o sábado.’
 “Pergunta: ‘Por que observamos o domingo em vez do sábado?’
 “Resposta: ‘Observamos o domingo em lugar do sábado porque a Igreja Católica,  no Concílio de Laodicéia (364 AD), transferiu a solenidade do sábado para o domingo.” — Em “The Convert’s Catechism of Catholic Doctrine” (Catecismo da Doutrina Católica para Conversos), ed. 3 (1913), p. 50.

“O Decálogo preceitua guardar os sábados e não os domingos. Foi a IgrejaCatólica) (… que transmudou os dias.” — Pe. Etiene Ignace Brasil, em “O Culto das Imagens”, p. 45.

“A Igreja de Deus porém, as achou conveniente transferir para o domingo a solene celebração do Sábado… em virtude da ressurreição de nosso Salvador.” — Extraído de “Catecismo Romano”, ed. de 1566, p. 440, par. 5:18.

“Nós temos feito a mudança do dia sétimo para o primeiro, do sábado para o domingo, sob a autoridade da única sagrada católica e apostólica Igreja de Cristo.” — Bishop Seymour, em “Why We Keep Sunday”.

Hootsrnan, chanceler do arcebispo Ryan da Filadélfia, numa carta dirigida a E. E. Franke, a propósito da questão da mudança do sábado, confessa:
“Consultai qualquer obra católica que contenha um capítulo sobre tradições e encontrareis ai o de que estais precisando: a Igreja (Católica) é a única autoridade para a transferência do sábado para o domingo.”

O Dr. Johann Maier von Eck, em sua célebre defesa da autoridade da Igreja Católica  contra Lutero e Carlstadt, disse o seguinte:
“As Escrituras doutrinam: Lembra-te do dia de sábado para o santificar; seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; etc. A Igreja, porém transferiu a observância do sábado para o domingo por sua própria autoridade, independentemente das Escrituras.” — Em “Enchiridion Locorum Communion… Adversus Lutheranos” (1553), p. 58.

O Rev. Thomas H. Morer, erudito clérigo e historiador, cita um papa como havendo dito:
“Lembrem-se todos os cristãos de que o sétimo dia foi consagrado por Deus, recebido e observado, não somente pelos judeus, mas por todos os outros que pretendiam adorar a Deus, embora nós tenhamos mudado o Seu sábado para o domingo.” — Em “Six Dialogues on the Lord’s Day” (1701), p. 281 e 282.

10) As autoridades católicas reconhecem não haver fundamento bíblico para a santificação do domingo?
O Rev. Isaac Williams, escreve o seguinte em seus “Plain Sermons on the Catechism”:
“Onde se nos diz nas Escrituras que devemos observar o primeiro dia? É-nos mandado guardar o sétimo; mas em nenhum lugar nos é ordenado guardar o primeiro dia. (…) A razão pela qual santificamos o primeiro dia da semana em lugar do sétimo é a mesma que nos leva a observar muitas outras coisas: não porque a Bíblia, mas porque a Igreja o ordena.” — Vol. 1, p. 334 e 336.

“A Bíblia manda santificar o Sábado, não o domingo; Jesus e os apóstolos guardaram o Sábado. Foi a tradição católica que, honrando a ressurreição do Redentor, ocorrida no domingo, aboliu a observância do Sábado.” — Pe. Dubois, “O Biblismo”, p. 106.

O Cardeal James Gibbons, em “The Faith of Our Fathers”, diz o seguinte:
“Podereis ler a Bíblia do Génesis ao Apocalipse, e não encontrareis uma só linha a autorizar a santificação do Domingo. As Escrituras exaltam a observância religiosa do sábado, dia que nós nunca santificamos.” — Ed. de 1892, p. 111.

O cónego Eyton, em sua obra “Ten Commandments”, assim se expressa:
“Não existe nenhuma palavra, nenhuma alusão, no Novo Testamento, acerca da abstinência do trabalho no domingo. (…) Nenhuma lei divina entra no repouso do domingo. (…) A observância da quarta-feira de cinza ou quaresma tem exatamente a mesma base que a observância do domingo.” — P. 62, 63 e 65.

“A observância do domingo (…) não só não tem fundamento na Bíblia, mas está em contradição com a letra da Bíblia, que prescreve o descanso do sábado.
“Foi a Igreja Católica que, por autoridade de Jesus Cristo, transferiu esse descanso para o domingo, em memória da ressurreição de nosso Senhor: de modo que a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que prestam, independentemente de sua vontade, à autoridade da Igreja.” — Extraído de “Monitor Paroquial”, 26 de agosto de 1926, Socorro, SP, ano I, nº. 8.

Finalmente, vemos na carta papal “Dies Domini” (Dia do Senhor) de 1998, o Papa João Paulo II reconhecendo que Jesus nunca quebrou ou anulou o Sábado, mas sim que foi a Igreja Católica quem alterou o dia de descanso. Em suma, vários concílios foram realizados, nos primeiros séculos, e em quase todos os concílios o sábado era rebaixado um pouco mais, enquanto o domingo era exaltado gradualmente. O domingo foi transformado em festividade em honra da ressurreição de Cristo: nos primeiro séculos, atos religiosos eram nele realizados; era, porém, considerado como dia de recreação, sendo o sábado ainda observado como dia santo. O Papa ainda afirma que o sábado é obrigatório para os que não aceitam a soberania católica e dizem ter a Bíblia como única regra de fé (os protestantes). Essa carta pode ser visualizada nesse autorizado website católico:
http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_letters/documents/hf_jp-ii_apl_05071998_dies-domini_po.html (acessado a 17/03/2007).

11) O papado roga o domingo como marca ou sinal de sua autoridade eclesiástica e instituição exclusivamente católica?
O Sr. H. F. Thomas, chanceler do Cardeal James Gibbons, numa carta escrita em novembro de1895, em resposta a uma consulta sobre se a Igreja Católica se atribui à mudança do sábado, afirma:

“A Igreja (Católica) declara, naturalmente, ter sido a mudança (do sábado para o domingo) um ato seu, (…) e o ato é um sinal de sua autoridade eclesiástica em assuntos religiosos.”

O “The Catholic Press”, Sidney, Austrália, é claro em afirmar que o domingo é um preceito católico:
“O domingo é uma instituição católica e suas reivindicações de observância podem ser definidas unicamente em princípios católicos. Desde o princípio até o fim das Escrituras não é possível encontrar uma só passagem que autorize a mudança do dia de adoração pública semanal do último dia da semana ao primeiro.” — 25 de agosto de 1900.“Pergunta: ‘Que dia da semana a Bíblia manda santificar?’
 “Resposta: ‘O sábado. Eis as passagens da Bíblia… (a seguir o autor cita os seguintes versos bíblicos: Ex.20:8–11/31:14–15/Dt.5:12–14/Hb. 4:9).’
 “Pergunta: ‘Mas a Bíblia manda observar o domingo no lugar do sábado?’
 “Resposta: ‘Não.’
 “Pergunta: ‘Quem mudou o dia do Senhor do sábado para o domingo?’
 “Resposta: ‘A Igreja Católica.’
 “Pergunta: ‘Mas os protestantes observam o descanso no domingo.’
 “Resposta: ‘Então, neste ponto, seguem a tradição católica.’” — Cónego Hugo Bressane de Araújo, em “Perguntas e Respostas”, p. 22–23.

No “An Abridgment of Christian Doctrine” (Um Resumo da Doutrina Cristã), do Rev. Henry Tuberville, contém estas perguntas e respostas:
“Pergunta: ‘Como podeis provar que a Igreja (Católica) possui poder de ordenar festas e dias santos?’
 “Resposta: ‘Pelo próprio fato dela haver mudado o sábado para o domingo, o qual todos os protestantes aceitam; e portanto, contradizem-se positivamente, observando estritamente o domingo, e violando a maioria dos outros dias de festas ordenados pela Igreja (Católica).’” — D.D., de Douay College, França 1649, p. 58.

No manual “A Doctrinal Catechism” (Um Catecismo Doutrinal), muito usado nas escolas católicas romanas, do Rev. Stephan Keenan, arcebispo de New York, lê-se o seguinte:
“Pergunta: ‘Tendes alguma outra maneira de provar que a Igreja (Católica) tem o poder de instituir dias de guarda por preceito?’
 “Resposta: ‘Se não tivesse esse poder, não poderia ter feito aquilo em que todas as modernas religiões com ela concordam: não poderia ter substituído a observância do sábado do sétimo dia, pela observância do domingo, o primeiro dia da semana, uma mudança para a qual não existe autoridade nas Escrituras.’” — P. 174.

12) O que dizem os católicos quanto à observância do domingo pelos protestantes?
Albert Smith, chanceler da arquidiocese de Baltimor, respondendo pelo Cardeal, numa carta datada em 10 de fevereiro de 1920, afirma:
“Se os protestantes seguissem a Bíblia, adorariam a Deus no dia de sábado. Ao guardar o domingo, estão seguindo uma lei da Igreja Católica.”

“Fazemos bem em recordar aos presbiterianos, batistas, metodistas e todos os demais cristãos que a Bíblia não os aprova em nenhum lugar em sua observância do domingo. O domingo é uma instituição da Igreja Católica Romana, e aqueles que observam este dia observam um mandamento da Igreja Católica.” — Priest Brady, em um discurso relatado no “Elizabeth, N. J. News”, 18 de março de 1903.

No livro “Plan Talk About the Protestantism of Today”, Monsenhor Louis Segur firma:
“Foi a Igreja (Católica) que… transferiu este repouso (do sábado bíblico) para o domingo… Então, a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que, contra si mesmos, rendem à autoridade da Igreja Católica.” — P. 213.

O Arcebispo D. Duarte Leopoldo, em “Concordância dos Santos Evangelhos”, afirma:
“Se devemos repelir a tradição, e aceitar somente o que está na Bíblia, como dizem os protestantes, por que aceitam eles a santificação do domingo, o batismo de crianças e outras práticas que não constam na Escritura Sagrada?” — P. 146.

“Os protestantes… aceitam o domingo no lugar do sábado como dia de pública adoração após a Igreja Católica ter feito à mudança… Mas a mentalidade protestante não parece perceber que observando o domingo, está aceitando a autoridade do porta-voz da Igreja, o Papa.” — Extraído de “Our Sunday Visitor”, 5 de fevereiro de 1950.

“O protestantismo, ao descartar a autoridade da Igreja (Católica), não tem boas razões para sua teoria referente ao domingo e deve, naturalmente, guardar o Sábado como dia de descanso.” — John Gilmary Shea, “American Catholic Quarterly Review”, Janeiro de 1883.

“Nós, os Católicos, então, temos precisamente a mesma autoridade para santificar o domingo em vez do sábado, como temos, para cada outro do nosso credo, vale dizer: autoridade da Igreja… enquanto vós os protestantes, realmente não têm nenhuma autoridade; pois não têm autoridade para ele na Bíblia (o santificar o domingo), e vós não permitis que possa haver autoridade para ele em outro lugar. Tanto vós como nós, seguimos as tradições neste assunto; mas nós as seguimos crendo que são parte da palavra de Deus e que a Igreja (Católica) tem sido divinamente nomeada guardiã e intérprete. Vós seguis a Igreja (Católica) ao mesmo tempo denunciando-a como uma guia falível e falsa, que frequentemente tem invalidado o mandamento de Deus pela tradição.”

Burns e Oates, publicadores católicos romanos de Londres, são autores do livro “The Library of Christian Doctrine”. Uma parte deste é intitulada: “Por que não guardais o dia de sábado?” e apresenta o seguinte argumento de um católico para um protestante:

“Vós me dizeis que o sábado era o repouso judaico, mas que o repouso cristão foi mudado para o domingo. Mudado! Mas por quem? Quem tem autoridade para mudar um mandamento expresso do Deus Omnipotente? Quando Deus disse: ‘Lembra-te do dia de sábado para o santificar’, quem ousaria dizer: ‘Não, podeis trabalhar e fazer qualquer tipo de coisa secular no sétimo dia; mas santificareis o primeiro dia em seu lugar.’? Esta é a pergunta mais importante, à qual não sei como podeis responder.
“Sois protestantes, e afirmais seguir a Bíblia e a Bíblia apenas: e mesmo nesse importante assunto, qual seja o da observância de um dia em sete como santificado, ides contra a clara letra da Bíblia e pondes outro dia no lugar daquele que a Bíblia ordenou. O mandamento que ordena santificar o sétimo dia é um dos Dez Mandamentos; vós credes que os outros noves sejam ainda obrigatórios; quem vos deu autoridade para violar o quarto? Se quiserdes ser coerentes como vossos próprios princípios, se realmente seguis a Bíblia e ela unicamente, deveis ser capazes de apresentar alguma porção do Novo testamento na qual o quarto mandamento seja expressamente alterado.” — P. 3–4.

O Cardeal Maida, Arcebispo de Detroit, EUA, observa:
“O dia santo foi mudado do sábado para o domingo… não em virtude de qualquer instrução dada pelas Escrituras, mas por causa do sentimento de poder da própria igreja (Católica). (…) As pessoas que pensam que as escrituras deveriam ser a única autoridade, deveriam logicamente se tornar Adventistas do Sétimo Dia, e santificar o sábado.” — Em “St. Catherine Catholic Church Sentinel”, Algonac, Michigan, EUA, 21 de maio de 1995. Grifos acrescentados.

Declara o “Boletim Católico Universal”:
“A Igreja (Católica) mudou a observância do sábado para o domingo pelo direito divino e a autoridade infalível concedida a ela pelo seu fundador, Jesus Cristo. O protestante, propondo a Bíblia como seu único guia de fé, não tem razão para observar o domingo. Nessa questão, os Adventistas do Sétimo Dia são os únicos protestantes coerentes.” — P. 4, de 14 de agosto de 1942. Grifos acrescentados.

Chega de citações. O que deve ser dito da situação contraditória em que o protestantismo se encontra quanto à guarda do Dia do Senhor? Eis a igreja de Cristo, chamada do catolicismo no século XVI para estabelecer-se sobre “a Bíblia, e a Bíblia somente”, professando lealdade à Lei de Deus, lealdade ao “sábado” de Deus, lealdade para com a verdade divina e ainda assim observando um dia que as Escrituras não ordenam nem uma única vez, rejeitando completamente o dia que a Bíblia declara santo! Sabendo disto, a Igreja Católica Romana não tem deixado de observar a situação embaraçosa em que seus irmãos separados se encontram. Talvez nenhum comentário possa ser mais bem feito do que o do órgão oficial do Cardeal James Gibbons:

“A Igreja (Católica), mais de cem anos antes da existência de um único protestante, em virtude de sua divina missão, mudou a solenidade do dia de sábado para o domingo. (…)
“O mundo protestante em sua origem (no começo da Reforma no século dezasseis) encontrou o domingo muito fortalecido para contrariar a sua existência; foi, por essa razão, colocado sob a necessidade de aquiescer no arranjo, submetendo-se assim ao direito da igreja de mudar o dia, por mais de trezentos anos. O domingo é, por conseguinte, o reconhecido produto consequente da Igreja Católica como esposa do Espírito Santo, sem uma palavra de protesto do mundo protestante.
“Vejamos, agora, rapidamente, nossa segunda posição com relação à Bíblia apenas, como ensinador e guia nos assuntos de fé e moral. Este ensinador proíbe de maneira saliente qualquer mudança do dia por razões superiores. O mandamento requer um ‘concerto perpétuo’. O dia ordenado pelo ensinador para ser guardado jamais o foi, desenvolvendo-se assim uma apostasia de um princípio supostamente fixado, tão contraditório, absurdo e, consequentemente, tão suicida que se não pode expressar com poder da linguagem.
“Os limites da desmoralização tampouco são ainda atingidos. Longe disto. Seu pretexto de deixar o seio da Igreja Católica foi a apostasia da verdade como ensinada na Palavra escrita. Adotaram a Palavra escrita como seu único mestre, mas a abandonaram assim que fizeram esse adoção. (…) Por uma perversidade tão voluntária quão errónea, aceitam o ensino da Igreja Católica em oposição direta ao claro, invariável e contínuo ensinamento de seu único mestre no que tange à doutrina mais essencial de sua religião, realçando desse modo a circunstância na qual podem ser apropriadamente tachados como ‘um escárnio, um embuste e um laço.’ …
 “A razão e o senso comum exigem a aceitação de uma outra destas alternativas: o protestantismo e a observância e santificação do sábado, ou o catolicismo e a observância e santificação do domingo. Um compromisso ou acordo é impossível.”

— Em “Catholic Mirror” (Espelho Católico), de 23 de setembro de 1893. Reimpresso pelo como um folheto, “The Christian Sabbath” (O Sábado Cristão), p. 29–32.

13) Como poderíamos resumir todo o ensinamento católico que vimos até agora?
A — A universal e eterna lei de Deus é sistematizada e expressa para o homem na forma dos Dez Mandamentos, também universais e eternos, que prosseguem válidos e vigentes como norma de conduta cristã. Tal fato sempre foi oficialmente reconhecido por doutíssimas autoridades em Teologia do presente e do passado, pertencentes às mais diferentes denominações, e é o que tradicionalmente constituiu o pensamento geral de toda a cristandade.

B — A lei divina nas Escrituras se apresenta com preceitos morais, cerimoniais, civis, etc., sendo que a parcela cerimonial, por ser prefigurativa do sacrifício de Cristo, findou na cruz, mas os mandamentos de caráter moral prosseguem válidos e vigentes para os cristãos.

C — Dentro do Decálogo há o quarto mandamento estabelecendo que um dia inteiro entre sete de descanso deve ser santificado a Deus, princípio este que fora instituído na fundação do mundo para benefício do homem no Éden e deve ser mantido pelos cristãos hoje.

D — Jesus não transgrediu o quarto mandamento nem foram os apóstolos quem mudaram o sábado do sétimo dia para o primeiro da semana. A “abolição” do sábado foi feita pela Igreja Católica, através do papado, que colocou o domingo em seu lugar, rogando essa instituição como a marca de sua autoridade eclesiástica perante toda a cristandade.

14) O que deve fazer o cristão, numa demonstração prática de sabedoria e amor a Deus?
 “Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos. (…) Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda esse é o que Me ama; e aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele.” (Jo.14:15,21)

15) Diante de tudo o que foi apresentado, qual deve ser a posição de cada ovelha do rebanho da Igreja Católica?
A Bíblia Viva registra Tiago 4:17 da seguinte maneira:
“Lembrem-se também de que, saber o que deve ser feito e não fazer, é pecado.”

16) Como cristão sincero, nascido de novo pelo sangue de Cristo, qual vai ser a sua resposta ao Senhor Jesus?
A escolha é totalmente sua!
“Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” (Ap.14:12)

Estudo Realizado por Marllington K. Will.